Preâmbulo

 

 

 

Desde que os homens começaram a viver e conviver em sociedade, sentiram a necessidade de superar as respectivas insuficiências individuais através da junção, em grupos, das suas vontades e capacidades, os quais evoluíram para grupos mais organizados, com objectivos mais idealistas, constituindo claramente um vector essencial da respectiva socialização.

 

As associações converteram-se, no decurso do tempo e na actualidade com uma maior predominância em instituições fundamentais e preponderantes para agirem em diversos vectores da sociedade, representando mesmo um dos seus pilares porquanto correspondem simultaneamente à liberdade de cada indivíduo e do próprio grupo pela partilha de um objectivo comum através da junção de ideias, meios e pessoas num corpo organizado e estruturado para um determinado fim.

 

O fenómeno do associativismo representa um dos corolários fundamentais dos homens, se se considerar que onde existe um homem, existe um ser social, interessado em participar na prossecução de um desiderato comum, é o que distingue os homens como seres egoístas e solitários dos homens solidários que todos deveriam ser.

 

O homem associa-se na procura do bem individual, mas só o encontra sacrificando o seu egoísmo em proveito da colectividade, sem contudo deixar de ser ele próprio, na sua individualidade, porque quando as necessidades a satisfazer são idênticas devem solidarizar-se por semelhança, por isso cada homem tem o dever de contribuir para o bem comum da comunidade em que está inserido, conforme as suas capacidades e aptidões, porquanto o egoísmo está fora do contexto social, pois aquele que se dá aos outros é o que realiza o seu máximo de vida.

 

As associações são assim, um corpo organizado de diversas pessoas, com diferentes ideias e sensibilidades que se juntam e organizam para prosseguir um objectivo comum, o qual assenta no espírito de liberdade dos associados, que por sua vez encontram nela a expressão das suas vontades, da entreajuda, do altruísmo e do fim não lucrativo.